Referendos e Monstros
O resultado previsivel do referendo ao tratado constitucional da União Europeia, realizado ontem em França, merece uma reflexão desapaixonada e pouco militante.
A resposta francesa tem fundamentos reconhecidamente internos. Muitos eleitores votaram contra o que o Governo de Jean-Pierre Rafarin lhes pediu. E isto deve provocar um debate sobre a oportunidade das consultas, uma vez que em Portugal se prepara um referendo em cima das autárquicas.
Mas deve também levar os políticos a pensar que propor ratificações por referendo é (ou deveria ser) o epílogo de um processo participado. Ora, pedir a participação depois de anos em que ninguém percebeu o que andaram a fazer alguns senhores, é cavar a sepultura europeia.
Esta decisão tem uma grande vantagem: A Europa vai parar para pensar. É que até hoje os partidários do SIM apenas nos convencem, ou tentam convencer com o argumento de - não podemos ficar para trás.
E de decisão em decisão andamos todos a empurrar com a barriga para a frente um Monstro. Sim, é verdade, por este caminho, a UE vai ser o Monstro II nas mãos de José Sócrates e, pior ainda, dos portugueses.
A resposta francesa tem fundamentos reconhecidamente internos. Muitos eleitores votaram contra o que o Governo de Jean-Pierre Rafarin lhes pediu. E isto deve provocar um debate sobre a oportunidade das consultas, uma vez que em Portugal se prepara um referendo em cima das autárquicas.
Mas deve também levar os políticos a pensar que propor ratificações por referendo é (ou deveria ser) o epílogo de um processo participado. Ora, pedir a participação depois de anos em que ninguém percebeu o que andaram a fazer alguns senhores, é cavar a sepultura europeia.
Esta decisão tem uma grande vantagem: A Europa vai parar para pensar. É que até hoje os partidários do SIM apenas nos convencem, ou tentam convencer com o argumento de - não podemos ficar para trás.
E de decisão em decisão andamos todos a empurrar com a barriga para a frente um Monstro. Sim, é verdade, por este caminho, a UE vai ser o Monstro II nas mãos de José Sócrates e, pior ainda, dos portugueses.
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