31 agosto 2005

SOARES

A declaração de candidatura de Mário Soares foi à Presidência da República ou à chefia do Governo?

Alguém será capaz de me dizer?

É que o ouvi falar de garantir emprego, superar o défice e outras que tais...

30 agosto 2005

EU APOSTO


Há dez anos foi assim... o personagem da direita quer repetir o cumprimento, mas do outro lado. Eu deixo hoje aqui a aposta: Não vai conseguir.

RENDIDO

Assiti à intervenção do poeta e político Manuel Alegre. Presto-lhe homenagem pelo que disse, pela forma como disse e pela coragem com que o disse.

Mas a verdade é que um político não pode levantar-se e criticar sem uma consequência. Ou, pelo menos, não deve.

Foi, no entanto o que Alegre fez. Levantou-se, falou e... nada. Consequências: zero!

Afinal de contas pareceu muito mais rendido do que dizia no seu conto metafórico do «Expresso». Um homem não se rende, «não seria bonito», dizia ele na altura.

Hoje, Manuel Alegre rendeu-se. Com dignidade é certo, aquela que caracteriza os homens bons. Mas a verdade nua e crua é que se rendeu, precisamente aos aparelhistas e ao aparelho.

Recordo as suas palavras de hoje: «Há mais vida para além do aparelho». Com o seu exemplo, não me parece.

Sem Alegre perdeu a democracia e perdeu Portugal.

10 agosto 2005

O ESTADO PORTUGUÊS

Um bom amigo foi esta quarta-feira recensear-se em Lisboa. Com residência alterada faltava o passo final que lhe perimitiria exercer o seu direito de voto nas próximas eleições autárquicas.

Acontece que o prazo (poucos sabiam) terminava ontem, 9 de Agosto. E por isso... nada feito.

Claro que se fosse para entregar uma declaração fiscal daria (nem que fosse com multa) e para pagar o selo do carro também.

Revoltante.

08 agosto 2005

SINAIS DE DERROTA

A campanha para as eleições autárquicas está sem sabor. No Porto então, parece que a campanha se resume ao túnel de Ceuta e pouco mais. É Agosto, está tudo a banhos e quando Setembro chegar faltarão cinco semanas para escolher.

Não sou adepto de vaticinar derrotas ou vitórias antes de tempo. Há quatro anos Rui Rio não sonhava sair vencedor e ganhou.

Mas Assis parece mesmo um daqueles erros de «casting» imperdoáveis. Claro que faltam dois meses e em política dois meses é tempo mais que suficiente para inverter qualquer cenário. Acontece que não me passou despercebida uma declaração de Assis que, em minha opinião, é resultado de uma derrota antecipada pelo próprio.

Dos quatro principais candidatos às câmaras de Lisboa e Porto (Carmona, Carrilho, Rio e Assis) só o socialista que corre para a Invicta é contra executivos monocolores. Diz ele que prefere toda a oposição representada.

Comas sondagens que anda para aí... era estranho que pensasse de outra forma.

05 agosto 2005

MICRO-CAUSAS

PODE O GOVERNO SFF COLOCAR EM LINHA OS ESTUDOS SOBRE O AEROPORTO DA OTA PARA QUE NA SOCIEDADE PORTUGUESA SE VALORIZE MAIS A “BUSCA DE SOLUÇÕES” EM DETRIMENTO DA “ESPECULAÇÃO”?
"Respeito muito os signatários, mas há sociedades que valorizam mais a especulação e a análise, enquanto outras valorizam mais a busca de soluções."
(Manuel Pinho, Diário Económico, 28-07-07)

O País

Os primeiros dias de Agosto, um mês em que habitualmente pouco acontece de relevante para lá dos incêndios, tem afinal revelado grandes novidades:

1. A Administração da Caixa já era. Assim como quem muda o director dos museus, o Governo lá partidarizou a banca como já tinha feito na Galp.

2. PT e BES parece que têm muito para explicar no caso «mensalão». Um caso em que o Expresso volta a somar pontos.

3. As pré-reformas e reformas antecipadas estão suspensas até pelo menos ao final de 2007. Isto enquanto a negociação com os sindicatos prosseguia. Ou seja, uma palhaçada.

4. No PSD as candidaturas independentes, fora do partido e de ex-candidatos laranja crescem todos os dias como se fossem cogumelos... venenosos. Quem dirá na noite eleitoral que «o partido tem de mudar de vida?». Eu aposto que é a sul do Douro que a declaração se vai fazer!

5. Desde o início do mês que o nosso primeiro-ministro está bem longe, no Quénia, em férias. Ah, pronto. Está tudo explicado!

01 agosto 2005

Estados de alma

O barómetro da Marktest diz que estamos (o povo português), muito pessimistas. No nível mais alto de pessimismo e falta de confiança dos últimos dois anos. Devemos daqui tirar algumas conclusões:

1. Somos exageradamente instáveis. Ou estamos eufóricos ou deprimidos.

2. O nosso Chefe de Estado, que elegemos para isso, deve zelar por não ter ele deste tipo de estados de alma.

3. Em Novembro passado teve. E derrubou um governo que, ao ue parece, nunca tinha provocado aos portugueses o pessimismo com que hoje estão.